sexta-feira, 10 de junho de 2011

Em União da Vitoria criaram uma cartilha sobre abuso sexual- Muito boa a idéia! Denuncie

A Infância pede Socorro!
Pai, Mãe, Ou Você que faz a função de Pai
ou Mãe de crianças e adolescentes
E, Educadores Abuso e Exploração sexual
PROJETO AÇÃO EDUCATIVA CONTRA A EXPLORAÇÃO
E O ABUSO SEXUAL DE CRIANÇAS
E ADOLESCENTES EM UNIÃO DA VITÓRIA/ PR
Esta Cartilha foi elaborada pela equipe do Projeto Ação Educativa Contra a
Exploração e o Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes em União da
Vitória – PR, proposto pelo Curso de Filosofia da Faculdade Estadual de
Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória – FAFIUV. Este projeto foi
aprovado pelo Programa Universidade sem Fronteiras, promovido pela
Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), do
Governo do Estado do Paraná.
Ms. Aurélio Bona Júnior (Coordenador do Projeto. Filosofia e Pedagogia - FAFIUV)
Ms. Marínea Maria Fediuk (Psicologia – UNC)
Esp. Vanessa Campos de Lara Jakimiu (Pedagogia – FAFIUV)
Helio Tomal (Geografia – FAFIUV)
Esp. Lidiana Larissa Lenchiscki (História – FAFIUV)
Aline Werle de Oliveira (Psicologia – UNC)
Carine Michele Cecchin (Filosofia – FAFIUV),
Cleri Aparecida Oliveira (Filosofia – FAFIUV)
Marcela Mazur (Pedagogia – FAFIUV)
Marta Maria Perdun (Pedagogia – FAFIUV)
Ana Carla Flissak (Pedagogia – FAFIUV)
Denise Silvério dos Santos Dubena (Pedagogia – FAFIUV)
Simone A. Sacks Faesser (Serviço Social – UNIGUAÇU.
Equipe do Projeto:
Professores Orientadores:
Recém-formados:
Graduandos:
Voluntários:
Claudia Camargo Schroetter (Pedagogia – FAFIUV).
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ABUSO SEXUAL DE CRIANÇAS E DE
ADOLESCENTES: UMA TRISTE REALIDADE...
A realidade da infância e da adolescência no Brasil exige que
tenhamos atitudes firmes e responsáveis. Nós escolhemos qual será nossa
postura diante da violência cometida contra crianças e adolescentes.
O abuso e a exploração sexual contra crianças e adolescentes
precisa acabar! Pais e educadores são os principais agentes de proteção às
crianças.
O abuso sexual é uma triste realidade que ocorre em todas as classes
sociais, religiões, independente do nível de escolaridade, dos analfabetos
aos doutores. Infelizmente é muito difícil de ser descoberto. Na maioria dos
casos os Conselhos Tutelares atuam mais junto a famílias de baixa renda.
Isso não significa que nas famílias mais ricas o problema não ocorra. O que
acontece é que as famílias mais pobres são mais observadas no seu dia-adia
e seus problemas são vistos com mais facilidade por pessoas de fora.
Costumam morar em casas sem muros altos e com vizinhos muito próximos,
sem contar que em muitos casos várias pessoas dormem ou permanecem no
mesmo ambiente. Tudo isso faz com que os problemas internos fiquem mais
expostos.
Contudo, os abusadores são pessoas com problemas e precisam,
muito mais do que punição, de tratamento. O abusador pode ser um
desconhecido, mas na maioria das vezes é uma pessoa da família, ou uma
pessoa conhecida em quem a criança ou o adolescente confia. E, por ser
alguém próximo, acaba se aproveitando da situação e consegue que a
vítima fique em silêncio por meio de ameaças, violência ou sedução,
oferecendo presentes e privilégios.
A única forma de protegermos nossos filhos é ficarmos
atentos, sabendo onde e com quem estão. Os abusadores podem
ser pessoas próximas das crianças ou não. O acompanhamento
cuidadoso e a orientação às crianças são fundamentais. Pais: não
deixem seus filhos sozinhos, nem confiem demais nas pessoas
que se aproximam da sua família e do seu filho. Há sempre um
motivo quando alguém se aproxima; é preciso saber que motivo é
esse!
ALERTA:
2
Mas, afinal o que é abuso sexual?
É todo o ato ou brincadeira sexual, relação hetero ou homossexual,
em que o agressor (adulto) tenha mais consciência do que a criança
ou do que o adolescente sobre o que está fazendo. A intenção é
estimular a criança ou o adolescente sexualmente, bem como utilizálas
para obtenção de satisfação sexual do abusador. Estas práticas
eróticas e sexuais são impostas à criança ou adolescente por meio da
violência física, de ameaças ou de induções de sua vontade.
(FIOCRUZ/ENS/CLAVES, 1994 – texto adaptado).
3
Você sabia que...
TUDO ISSO É ABUSO SEXUAL.
... fazer com que uma criança ou um adolescente assista a
filmes pornográficos ou presenciem relações sexuais ...
... fazer com que uma criança ou um adolescente vejam
adultos nus, revistas pornográficas, ou adultos se masturbando...
... fotografar ou filmar crianças e adolescentes nus, em
posturas eróticas...
... ficar observando os genitais de crianças e adolescentes para
conseguir se excitar, mesmo que seja de forma escondida, podendo
assustá-la ou perturbá-la...
... falar sobre relações sexuais com crianças ou adolescentes
com a finalidade de se excitar ou de deixá-los excitados...
... tocar ou acariciar os órgãos genitais de uma criança ....
... ter relação sexual oral, anal ou genital com uma criança ...
4
Qual é a diferença entre
abuso sexual e
exploração sexual
de crianças e adolescentes?
Ambos, na verdade, se caracterizam como violência ou abuso
sexual. A diferença está no fato de que na exploração sexual há a
utilização sexual de crianças e adolescentes com fins comerciais e
lucrativos, ou seja, vendem-se seus corpos para conseguir dinheiro.
Quase sempre existe a participação de um(a) aliciador(a), ou seja,
alguém que lucra intermediando a relação com o usuário ou cliente. É
caracterizada também pela produção de materiais pornográficos
(vídeos, fotografias, filmes, sites da internet). Daí dizermos criança
e/ou adolescente explorada, nunca prostituída, porque ela é vítima de
um sistema de exploração comercial da sua sexualidade.
(Fonte: http://www.cedeca.org.br/tiraduvida).
5
Quem é capaz de abusar sexualmente de
crianças ou de adolescentes?
O abusador sexual, na maioria das vezes, é uma pessoa
aparentemente normal, querida pelas crianças e pelos adolescentes.
Geralmente é uma pessoa que as crianças e os adolescentes
conhecem (pai, padrasto, tio, irmão(ã) mais velho(a), mãe, madrasta,
tia, primo(a), avô(ó), vizinho, amigo da família, babá, professor(a),
médico(a), policial, entre outros.
Portanto, o abusador é uma pessoa comum, que geralmente
leva uma vida social normal. Costuma ser tão inteligente quanto a
maioria das pessoas, mas, geralmente, é alguém que pode ter sido
vítima de abuso sexual. De cada 10 abusadores 2 a 3 foram abusados
sexualmente quando criança. E, cinco desses abusadores foram
vítimas de maus-tratos físicos, e cinco sofreram maus-tratos
combinado com abuso psicológico.
A maioria dos abusadores sexuais pertence a famílias
disfuncionais, ou seja, que vivenciam problemas com uso de bebidas
alcoólicas, drogas, violência
doméstica, situação de miséria,
entre outros.
Portanto, amar, cuidar
e educar as nossas crianças é
a melhor forma de evitarmos
que surjam mais abusadores no
futuro.
(Fonte: http://www.cecovi.org.br)
6
Quais são as conseqüências do abuso e da
exploração sexual na vida das vítimas?
Devemos ficar atentos aos seguintes sinais:
Independente da forma de abuso ou de exploração sexual, sempre haverá
traumas que podem ser
permanecer para sempre na vida dessas crianças e adolescentes.
As reações podem começar imediatamente ou depois de um tempo.
irreversíveis, ou seja, o sofrimento poderá
? • Ansiedade excessiva;
7
Alerta!!!
Outro Alerta Importante!!!
A maioria dos casos não é denunciado. Quando há
envolvimento de familiares, é mais difícil que a vítima
consiga denunciar, por motivos afetivos, por medo do
abusador, medo de perder os pais, medo de ser expulso de
casa, medo de que não acreditem nela, ou medo de ser o
culpado pela discórdia familiar.
É muito difícil que uma criança conte mentiras ou fantasie sobre o abuso
sexual. Portanto, pais, professores e profissionais da Saúde: acreditem nas
crianças e adolescentes! Eles precisam se sentir acolhidos e seguros para
que denunciem os abusadores e possam se recuperar do sofrimento que
viveram.
? Relutância em voltar para casa;
? • Ausência na escola por vontade dos pais;
? • Descaso com as atividades escolares, poucos amigos;
? • Não confiar em adultos, especialmente os que lhe são próximos;
? • Idéias e tentativas de suicídio;
? • Auto-flagelação, ou seja, machucar-se por vontade própria;
? • Fugas de casa;
? • Hiperatividade, ou seja, não consegue parar de se mexer.
Identificar o abuso ou a exploração sexual é somente o primeiro
passo. É preciso denunciar e exigir que a criança ou adolescente receba
os cuidados médicos necessários e o tratamento psicológico para que
possa se recuperar dessa violência, desse trauma.
8
E ao identificar que está ocorrendo o abuso ou a
exploração sexual, o que se deve fazer?
Primeiramente é preciso ter claro que não denunciar o
abuso sexual pode ser fatal para a criança ou
adolescente. A denúncia é a única forma e a mais
correta de se impedir que o abusador continue a
praticar seus atos, e que seja punido pela justiça.
Todos somos responsáveis e temos o dever de
denunciar.
E, se você teve conhecimento ou suspeitou que uma
criança ou adolescente está sendo abusada(o) sexualmente,
mas não denunciou, saiba que poderá sofrer penalidades. Veja o que
diz o Estatuto da Criança e do Adolescente:
Art. 245 – Deixar o médico, professor ou responsável por
estabelecimento de atenção a saúde e de Ensino Fundamental, préescola
ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de
que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de
maus tratos contra criança ou adolescente:
Pena: multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se
o dobro em caso de reincidência.
Se você é pai, mãe ou familiar e descobriu que está ocorrendo o
abuso sexual:
Em primeiro lugar acredite na criança e no adolescente, ofereça seu
apoio, busque lhe passar segurança e em seguida procure o Conselho
Tutelar para fazer a denúncia. Caso não seja possível, procure a Vara
da Infância e da Juventude.
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Se você é professora ou diretora e descobriu ou
suspeita que esteja ocorrendo o abuso sexual:
DISQUE 100
Scientific American
Comunique imediatamente o Conselho Tutelar, evite tomar atitudes
de falar com a família, pois se o abusador fizer parte da família poderá
agir de forma a evitar a ação do Conselho Tutelar.
Se você é vizinho e descobriu ou suspeita que esteja ocorrendo o
abuso sexual:
Você pode fazer a denúncia ligando para o Conselho Tutelar e, caso
não queira se identificar poderá fazer uma denúncia anônima, por
meio do telefones:
Telefones do Conselho Tutelar de União da Vitória:
? , ramal (horário comercial)
? (24h)
Se você é desconhecido da família e da vítima, mas descobriu ou
suspeitou que esteja ocorrendo o abuso sexual ou a exploração
sexual, por favor, denuncie!
A denúncia pode ser feita também através do .
Está provado: Maus tratos na infância não provocam
apenas traumas psicológicos reversíveis. Mas também
danos permanentes no desenvolvimento e
nas funções cerebrais.
10
PROJETO AÇÃO EDUCATIVA CONTRA A EXPLORAÇÃO
E O ABUSO SEXUAL DE CRIANÇAS
E ADOLESCENTES EM UNIÃO DA VITÓRIA/ PR
? • Presença de pesadelos, conversas ou gritos durante o sono;
? • Dificuldade ou medo de dormir;
? • Perda ou excesso de apetite repentino;
? • Fazer xixi na cama (enurese noturna), ou problemas intestinais;
? • Presença de sangramentos, doenças sexualmente transmissíveis,
gravidez, infecções ou dores na região genital e abdominal;
? • Comportamento muito agressivo ou muito isolado;
? • Dificuldade de aprender na escola, quando antes aprendia com
facilidade;
? • Dificuldades de concentração;
? • Comportamento extremamente tenso, em “estado de alerta”;
? • Comportamentos muito infantis para a idade;
? • Tristeza, abatimento profundo ou choro sem causa aparente;
? • Comportamento sexualmente explícito (ao brincar, demonstra
conhecimento sobre sexualidade inapropriado para a idade);
? • Masturbação visível e contínua, brincadeiras sexuais agressivas;
de Crianças e Adolescentes

terça-feira, 17 de maio de 2011

O livro didático...

Estou repensando na negação ao livro didatico e se tivesse mais tempo com certeza me deteria mais nesse assunto em fazer uma pesquisa randômica sobre a utilização ou a negação ao livro ditatico e o desrespeito aos investimentos públicos...
resignificando ...
ando numa corrida maluca...mas assim que puder escrevo para cá...
bjim

quarta-feira, 9 de março de 2011

Legislação 10 e fiscalização 0.

A dificuldade de se construir um Projeto Político Pedagógico (PPP) não está só diretamente  ligada a falta de formação formal dos profissionais da educação que não conseguem ver a escola como um todo, global, só sistematizado e seqüencial, parecem seguir o Fordismo.
A atuação dos profissionais me parece que eles ao descrever um Projeto Político Pedagógico, estão diante de um monstro gigantesco, imagine a construção de um Projeto Político Pedagógico para esses profissionais. Montar um simples e sistematizado esquema para o passo a passo na construção do Projeto Político Pedagógico. Conheço muitas profissionais da área da educação e donas de escolas de educação infantil, “habilitadas”, porém, sua atuação é restrita, não por falta de condições cognitivas, mas limitam-se, ao invés de irem atrás de esclarecimentos e maiores informações sobre a temática, que e tão importante e fundamental a qualquer escola. Acredito que o primeiro passo deveria ser desconstruir a idéia de que o Projeto Político Pedagógico é um dinossauro, monstruoso e insuperável.
Nos dias de hoje,essa postura medrosa para a construção de um Projeto Político Pedagógico é ridícula. E muito fácil construir um Projeto Político Pedagógico, basta paciência, e tempo, porque requer tempo e conciliar pessoas, idéias, conhecimentos, saberes, construir conceitos.  
Desde o primeiro passo devemos pensar na escola, na comunidade escolar na qual se esta inserido, de forma global, com um diagnóstico da realidade, não adianta ter um Projeto Político Pedagógico pronto de outro estabelecimento de ensino e tentar aplicar na sua escola.
O Projeto Político Pedagógico deve ser elaborado por um grupo de pessoas que fazem arte da comunidade escolar.  Organizar idéias, conceitos, concepções, elaborar, a partir das reflexões que tipo de ser humano aquela escola quer formar.
E articular para viabilização de tal processo de ensino-aprendizagem condizente com suas idéias e concepções. Concepções de mundo, de ser humano, de aluno, de professor, de sociedade.
Durante todo o século XX, inúmeros progressos foram conquistados e assegurados legalmente em função de melhorias e desenvolvimento da educação no Brasil. Vários foram as implementações e inovações legais que precisam ser colocadas em pratica com maior abrangência e fiscalização. E esta fiscalização deve ser rigorosa, isso e urgente! Precisamos acelerar o cumprimento da legislação, e o não cumprimento da legislação é a falta de fiscalização e punição aos infratores como esta previsto e assegurado na lei que regulamenta o ensino no Brasil.
É inadmissível que nos dias atuais os profissionais de Escolas de Educação Infantil, e os proprietários de “escolinhas” não saibam  e não tenham nem noções básicas de como elaborar um Projeto Político Pedagógico e regimento escolar. Quando vejo profissionais da área sem saber o que é o que? O que é do Projeto Político Pedagógico e o que constitui um regimento escolar, fico perplexa, porque esta lamentável cena se repete inúmeras vezes, não é um caso isolado. São inúmeros casos, e pessoas que não sabem que contratam alguém pra fazer que também não tem muita experiência e então tudo vai demorando, ou seja, formando uma enorme bola de neve, e quem sai perdendo, cada vez mais nossos alunos, que tem direito a educação, e a educação de qualidade, como esta assegurado na legislação.
A desinformação e o despreparo é muito maior que se possa imaginar e sem a fiscalização e a punição, as normas não serão implementadas e agilizadas conforme a aceleração populacional, e aumento da demanda de alunos em escolas. E as inúmeras atribuições que surgem aos profissionais de educação no cotidiano escolar, vão sendo somadas e  aumentando a problemática do desenvolvimento educacional no Brasil. Sem a punição e a fiscalização ao cumprimento das leis que regulamento o ensino aumenta a  “ bola de neve” para os professores, que tem que se atualizar, que devem buscar cursos de aperfeiçoamento como linguagem de sinais, libras, quem teve uma cadeira na faculdade que disponibilizasse esse tipo de disciplina durante a graduação? Quem teve acesso a braile durante sua formação? Quem esta acostumado a dar aulas para turmas de 40 ou 50 alunos? Só os professores da nossa rede de ensino na atualidade, desde que o ensino se tornou um direito de todos e obrigatório, sendo que os pais podem ser punidos porque há uma fiscalização por parte dos professores nas freqüências. Além de tudo somamos mais uma função, mas para nós professores e heróis, não é problema.  Aumentaram o número de alunos nas salas de aulas e os salários aumentaram proporcionalmente? As atribuições que foram sendo agregadas ao professor foram fazendo parte do cotidiano e o professor? O professor segue trabalhando sem ter nem tempo de se repensar enquanto profissional e suas funções o que e seu papel.
O mínimo seria a regulamentação e a fiscalização mais intensa para viabilizar a atuação dos professores com mais estrutura. E a educação avance proporcionalmente com as inclusões e todas as novas atribuições do ensino.
O professor ganhou inúmeras atribuições a mais, com inclusão de pessoas com deficiência, e sem o menor apoio prático que viabilize a sua atuação. Porque o amparo legal há. Mas, poucos estão atualizados, para relacionar direitos, deveres, atuação, função, atualização, práticas, metodologias, desenvolvimento e comunidade escolar.
Defendo a idéia da fiscalização e a punição mais rígida, porque se torna hipocrisia,  toda a estrutura legal formalizada e as escolas sem qualificação para exercerem as funções que lhes são atribuídas como na Educação Infantil. Que existem inúmeras profissionais responsáveis por turmas e não tem graduação, se quer estão cursando. E a lei determina que cada turma tenha uma profissional graduada com carga horária mínima prevista em lei para cada turno. E os donos das empresas de Educação infantil, passam a perna nos órgãos competentes e enchem os bolsos de lucros, as custas de uma das fases mais importantes da vida do ser humano a primeira infância, sendo que os pais dessas crianças estão pagando para ter qualidade de ensino. Aonde esta a falha? Temos a legislação maravilhosamente bem estruturada, porque não esta na prática? Consta na resolução 003 de 25 de janeiro de 2001, são dez anos, e qual o percentual  de escolas regulamentadas na prática?
Basta fiscalizar e pegar a carteira de trabalho das profissionais e o quadro de funcionarias e relacionar. Formação e carga horária.
Quanto as profissionais que ainda se submetem a esse tipo de emprego por necessidade e sobrevivência, me perdoem, mas a omissão so perpetua essa triste realidade para todos nos profissionais de educação, que temos que aprender a nos valorizar, cientes de nosso papel.
E essa situação tem que mudar!
As crianças da Educação Infantil estão na fase mais importante  da vida que requer maior cuidado, dedicação e SERIEDADE.
A falta de profissionais graduados dando assistência para cada turma com seus respectivos auxiliares esta comprometendo o desenvolvimento educacional das crianças e da Educação Infantil
E bastaria uma fiscalização séria para que se constate o que eu estou afirmando. Enquanto não houver uma fiscalização essas escolas continuarão funcionando ilegalmente, continuaremos vivendo na hipocrisia e incoerências. Onde e linda a legislação e na prática tudo continua como no século passado.
beijokassssssssss
Carla

segunda-feira, 7 de março de 2011

http://www.brasilsemaborto.com.br/

DIGA NÃO AO ABORTO!
PENSO QUE SE ALGUEM É CAPAZ DE FAZER ISSO COM SEU PRÓPRIO FILHO, É UMA AMEAÇA VIVER EM SOCIEDADE, INSERIDO NUMA COMUNIDADE.
A LEGISLAÇÃO DEVE SER MAIS SEVERA COM TODOS QUE PRATICAM ESSE ASSASSINATO PREMEDITADO!
BRASIL SEM ABORTO

Aborto no Brasil

José Roberto Goldim


Atualmente no Brasil o aborto é considerado crime, exceto em duas situações: de estupro e de risco de vida materno. A proposta de um Anteprojeto de Lei, que está tramitando no Congresso Nacional, alterando o Código Penal, inclui uma terceira possibilidade quando da constatação anomalias fetais.
Esta situação já vem sendo considerada pela Justiça brasileira, apesar de não estar ainda legislada. Desde 1993, foram concedidos mais de 350 alvarás  para realização de aborto em crianças mal formadas, especialmente anencéfalos . Os juízes inicialmente solicitavam que o médico fornecesse um atestado com o diagnóstico da mal formação, além de outros três laudos para confirmação, um outro laudo psiquiátrico sobre o risco potencial da continuidade da gestação e um para a cirurgia. Ao longo deste período estas exigências foram sendo abrandadas.Em algumas solicitações os juízes não aceitaram a justificativa, e não concederam o alvará tendo em vista a falta de amparo legal para a medida. Em 2000 um advogado entrou com uma solicitação de medida liminar para impedir uma autorização de aborto de bebe anencéfalo no Rio de Janeiro. A mesma foi concedida.
Este tema tem sido discutido desde inúmeras perspectivas, variando desde a sua condenação até a sua liberação inclusive descaracterizando-o como aborto, mas denominando o procedimento de antecipação terapêutica de parto.
A nova redação proposta para o Código Penal, altera todos os três itens, é a seguinte:
    Exclusão de Ilicitude Art. 128. Não constitui crime o aborto praticado por médico se: I - não há outro meio de salvar a vida ou preservar a saúde da gestante; II - a gravidez resulta de violação da liberdade sexual, ou do emprego não consentido de técnica de reprodução assistida; III - há fundada probabilidade, atestada por dois outros médicos, de o nascituro apresentar graves e irreversíveis anomalias físicas ou mentais. Parágrafo 1o. Nos casos dos incisos II e III e da segunda parte do inciso I, o aborto deve ser precedido de consentimento da gestante, ou quando menor, incapaz ou impossibilitada de consentir, de seu representante legal, do cônjuge ou de seu companheiro; Parágrafo 2o. No caso do inciso III, o aborto depende, também, da não oposição justificada do cônjuge ou companheiro.
A nova redação proposta pode dar margem a diferentes interpretações. No inciso I, por exemplo, o que é preservar a saúde da gestante ? No âmbito da Medicina as ações visam, em última análise, a preservação da saúde das pessoas. Qual a justificativa para o aborto, tendo por base um critério tão vago ?
Os itens constantes no inciso II também merecem algumas considerações. Esta violação da liberdade sexual deverá ser denunciada e registrada junto a uma autoridade competente ? O ato médico de abortar o feto será realizado somente com autorização formal por escrito de um juiz ? Como caracterizar o não consentimento de uma técnica de reprodução assistida se a maioria dos profissionais que atuam na área ainda não tem o hábito de obter um consentimento informado de seus pacientes ?
A probabilidade, e não o diagnóstico conclusivo de lesões no feto, pode levar a algumas situações bastante delicadas. Os médicos que o anteprojeto de lei se refere devem ter familiaridade com a área de diagnóstico pré-natal de anomalias fetais ? O critério de grave e irreversível anomalia física ou mental está restrito a condição da criança imediatamente após o parto ou pode ser ampliada para situações que irão ocorrer a longo prazo ? Um exemplo disto pode ser o diagnóstico preditivo de Doença de Huntington em um feto. Este diagnóstico, que irá manifestar-se somente na quarta década de vida, constitui um motivo para a realização do aborto ?
 Estas e outras questões devem servir de base para uma reflexão adequada sobre a adequação da realização de abortos eugênicos.

Anteprojeto de Lei que altera dispositivos do Código Penal e dá outras providências.

Reflexões soltas


Fui levar meus filhos para uma aventura de ajudar o meio ambiente. Levá-los  a um local lindo na beira do rio Guaíba, mostrar-lhes a realidade do descaso para com as belezas de nossa cidade. A proposta era de limpar uma pracinha completamente abandonada e colocarmos areia da beira do rio na caixa de areia, e deixar o espaço em condições de diversão, visto que o descaso das partes competentes e autoridades é uma triste contestação de anos. Levei inclusive minha câmera de fotografias para fazer o antes e o depois, porém não foi possível, porque ao chegarmos lá, encontramos crianças da “vila chocolatão” tomando banho nas águas poluídas do Guaíba, sem um adulto de responsável. As crianças tinham idades entre 0 a 13 anos, brincavam entravam na água.
Meu filho menor me questionou porque eles podiam entrar naquela água e ele não. Porque eles estavam sozinhos, sem adultos por perto.
Não respondi nada na hora para o meu filho( para eles nao ouvirem, e para explicar com calma em casa). E os deixei a vontade. Nem toquei mais no assunto de limpar o local e levar a areia para a caixa de areia da pracinha, fiquei observando, me senti de certa forma responsável por aquelas crianças que brincavam sem ninguém para cuidá-los, e o que é pior, na água poluída do Guaíba.
Na beira d’água tinham restos de animais sacrificados, penas, lixo, grama alta, mato alto entre as mesas de concreto e bancos, impossibilitando que as pessoas se aproximassem dos locais que foram projetados para isso.  Um local que se fosse preservado seria uma bela opção para qualquer cidadão freqüentar e não somente os excluídos “vileiros” que tomavam banho no Guaíba.
A criança mais velha devia ter uns 13 anos, era a que embalava um bebê que por vezes chorava, tinham um carrinho onde colocavam a criança na tentativa de fazê-la dormir. Não avistei nenhuma garrafa de água ou lanches, eles já estavam ali a horas, brincavam, se banhavam, por vezes brigavam, se agrediam física e verbalmente, e eu fiquei observando as meninas que estavam ali, que infância era aquela ? Uns cuidando dos outros. Já estressadas e agressivas umas com as outras desde pequenas. Eles chegaram perto de meus filhos que e olharam, mas não se comunicavam, se quer pediram para brincar com os inúmeros brinquedos de areia do meu filho, ele tinha levado para cavar e carregar  a areia.
Eu, conversei com uma menina, que olhava cada brinquedo do meu menino, e mordia um bico ansiosamente, mais nada. Vinha e ia. E outro menino que chegou, se aproximou e veio brincar com os meus filhos.
Me senti muito amarrada, por não poder fazer nada, naquela triste situação, de me planejar para uma ação com meus filhos e chegar lá e me deparar com uma deprimente realidade.
Vamos voltar lá para executar nossa proposta de limpar a área. E ajudar de certa forma o meio ambiente, porque acreditamos que cada um deve fazer algo, o que for possível, e estiver  ao seu alcance. Eu me proponho a educar sempre para ação, e modificação, mas naquele momento me vi mais apreensiva porque me preocupei com aquelas crianças qe poderiam se afogar, fiquei cuidando, e qualquer coisa eu poderia pedir socorro
Me decepciono ao ligar a TV e ver os políticos pulando carnaval no meio das escolas de samba, vivendo demagogicamente, enquanto as crianças ainda estão abandonadas e são de responsabilidade do Estado.
Toda Criança tem direito a saúde, a comida, a brincar, a moradia e uma vida digna. O que vi, eram crianças tão costumadas a exclusão, que se quer falavam com a gente de tão descriminadas que são. E essa mentalidade tem que mudar, existe uma outra vida possível e muito mais digna e fora da vila. Estudar vale a pena. Viver vale a pena! Lutar por uma vida melhor vale a pena!  
Enquanto muitos brincam o carnaval, viajam, e vivem despreocupadamente, existem crianças largadas a própria sorte.
Cadê a fiscalização? Cadê as pessoas responsáveis pelas praças e parques de Porto Alegre, eu irei até o departamento solicitar limpeza para aquela região, e quero ver quanto tempo vai demorar para tomarem uma atitude, e quanto as sujas e perigosas  águas do Guaíba, essas não adianta eu reclamar, porque só irão tomar uma iniciativa a hora que estas águas forem de interesse de grandes poderes. Porque a vida daquelas crianças não é de interesse dos poderes políticos, quantas crianças já morreram afogadas nas poluídas águas do Guaiba? E quantas mais irão morrer? Cadê os órgãos competentes responsáveis pelas crianças e adolescentes? Pessoas que são remuneradas para tais funções?  
Abandono de incapaz é crime! Na minha visão, esses incapazes foram duplamente abandonados, pelos pais  e principalmente pelo Estado, que garantem uma legislação, porém não viabiliza e nem agiliza a fiscalização e cumprimento da mesma.
 Os políticos somente falam de projetos, de planejamento, e nada fazem, se não fossem os patrocinadores que realizaram investimentos na beira da avenida, para colocarem enormes propagandas, nada teria sido melhorado naquela linda região, tão necessária a todas as classes sociais. Chega a ser desumano, ver as pessoas caminhando na Beira – rio, enquanto as criança de baixa renda aproveitam para se banhar no Guaíba. Assim, como acontecem, em inúmeros outros locais, e praças publicas.
Será que estão tão desacostumados a observar? Ou se acostumaram a fazer de conta que não virão?
Esse não é o mundo que eu sonhei para os meus filhos. Eu sonhei com um mundo que as coisas acontecem.
Sonhei com a reflexão, correção e com a ação. Com um mundo mais humano, principalmente com as crianças, inocentes, indefesos, responsabilidade de todos!
Beijos
Carla

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA
Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas
Especiais
Reconvocando as várias declarações das Nações Unidas que culminaram no documento
das Nações Unidas "Regras Padrões sobre Equalização de Oportunidades para Pessoas
com Deficiências", o qual demanda que os Estados assegurem que a educação de
pessoas com deficiências seja parte integrante do sistema educacional.
Notando com satisfação um incremento no envolvimento de governos, grupos de
advocacia, comunidades e pais, e em particular de organizações de pessoas com
deficiências, na busca pela melhoria do acesso à educação para a maioria daqueles cujas
necessidades especiais ainda se encontram desprovidas; e reconhecendo como
evidência para tal envolvimento a participação ativa do alto nível de representantes e de
vários governos, agências especializadas, e organizações inter-governamentais naquela
Conferência Mundial.
1.
representando 88 governos e 25 organizações internacionais em assembléia aqui
em Salamanca, Espanha, entre 7 e 10 de junho de 1994, reafirmamos o nosso
compromisso para com a Educação para Todos, reconhecendo a necessidade e
urgência do providenciamento de educação para as crianças, jovens e adultos
com necessidades educacionais especiais dentro do sistema regular de ensino e
re-endossamos a Estrutura de Ação em Educação Especial, em que, pelo espírito
de cujas provisões e recomendações governo e organizações sejam guiados.
Nós, os delegados da Conferência Mundial de Educação Especial,
2.
Acreditamos e Proclamamos que:
de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem,
toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade
aprendizagem que são únicas,
toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de
deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade
de tais características e necessidades,
sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais
regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança,
capaz de satisfazer a tais necessidades,
aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola
eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades
acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para
todos; além disso, tais escolas provêem uma educação efetiva à maioria das
crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de
todo o sistema educacional.
escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais
3.
Nós congregamos todos os governos e demandamos que eles:
sistemas educacionais no sentido de se tornarem aptos a incluírem todas as
crianças, independentemente de suas diferenças ou dificuldades individuais.
atribuam a mais alta prioridade política e financeira ao aprimoramento de seus
matriculando todas as crianças em escolas regulares, a menos que existam fortes
razões para agir de outra forma.
adotem o princípio de educação inclusiva em forma de lei ou de política,
possuam experiências de escolarização inclusiva.
desenvolvam projetos de demonstração e encorajem intercâmbios em países que
revisão e avaliação de provisão educacional para crianças e adultos com
necessidades educacionais especiais.
estabeleçam mecanismos participatórios e descentralizados para planejamento,
pessoas portadoras de deficiências nos processos de planejamento e tomada de
decisão concernentes à provisão de serviços para necessidades educacionais
especiais.
encorajem e facilitem a participação de pais, comunidades e organizações de
bem como nos aspectos vocacionais da educação inclusiva.
invistam maiores esforços em estratégias de identificação e intervenção precoces,
de professores, tanto em serviço como durante a formação, incluam a provisão de
educação especial dentro das escolas inclusivas.
garantam que, no contexto de uma mudança sistêmica, programas de treinamento
4.
congregamos: - governos com programas de cooperação internacional, agências
financiadoras internacionais, especialmente as responsáveis pela Conferência
Mundial em Educação para Todos, UNESCO, UNICEF, UNDP e o Banco Mundial:
Nós também congregamos a comunidade internacional; em particular, nós
da educação especial como parte integrante de todos os programas educacionais;
a endossar a perspectiva de escolarização inclusiva e apoiar o desenvolvimento
UNESCO e UNICEF:
As Nações Unidas e suas agências especializadas, em particular a ILO, WHO,
cooperações e redes de trabalho para um apoio mais eficaz à já expandida e
integrada provisão em educação especial;
a reforçar seus estímulos de cooperação técnica, bem como reforçar suas
serviço nos países;
organizações não-governamentais envolvidas na programação e entrega de
envolvimento crescente delas no planejamento, implementação e avaliação de
provisão em educação especial que seja inclusiva;
a reforçar sua colaboração com as entidades oficiais nacionais e intensificar o
UNESCO, enquanto a agência educacional das Nações Unidas;
educação para todos em vários foros;
a assegurar que educação especial faça parte de toda discussão que lide com
relativas ao aprimoramento do treinamento de professores no que diz respeito a
necessidade educacionais especiais.
a mobilizar o apoio de organizações dos profissionais de ensino em questões
trabalho e o estabelecimento de centros regionais de informação e documentação
e da mesma forma, a servir de exemplo em tais atividades e na disseminação dos
resultados específicos e dos progressos alcançados em cada país no sentido de
realizar o que almeja a presente Declaração.
a estimular a comunidade acadêmica no sentido de fortalecer pesquisa, redes de
Médio Prazo. 1996-2000) de um programa extensivo de escolas inclusivas e
programas de apoio comunitário, que permitiriam o lançamento de projetos-piloto
que demonstrassem novas formas de disseminação e o desenvolvimento de
indicadores de necessidade e de provisão de educação especial.
a mobilizar FUNDOS através da criação (dentro de seu próximo Planejamento a
5.
Espanha e à UNESCO pela organização da Conferência e demandamo-lhes
realizarem todos os esforços no sentido de trazer esta Declaração e sua relativa
Estrutura de Ação da comunidade mundial, especialmente em eventos importantes
tais como o Tratado Mundial de Desenvolvimento Social ( em Kopenhagen, em
1995) e a Conferência Mundial sobre a Mulher (em Beijing, e, 1995). Adotada por
aclamação na cidade de Salamanca, Espanha, neste décimo dia de junho de
1994.
Por último, expressamos nosso caloroso reconhecimento ao governo da
ESTRUTURA DE AÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL
Introdução
Mundial em Educação Especial organizada pelo governo da Espanha em
cooperação com a UNESCO, realizada em Salamanca entre 7 e 10 de junho de
1994. Seu objetivo é informar sobre políticas e guias ações governamentais, de
organizações internacionais ou agências nacionais de auxílio, organizações nãogovernamentais
e outras instituições na implementação da Declaração de
Salamanca sobre princípios, Política e prática em Educação Especial. A Estrutura
de Ação baseia-se fortemente na experiência dos países participantes e também
nas resoluções, recomendações e publicações do sistema das Nações Unidas e
outras organizações inter-governamentais, especialmente o documento
"Procedimentos-Padrões na Equalização de Oportunidades para pessoas
Portadoras de Deficiência . Tal Estrutura de Ação também leva em consideração
as propostas, direções e recomendações originadas dos cinco seminários
regionais preparatórios da Conferência Mundial.
1. Esta Estrutura de Ação em Educação Especial foi adotada pela conferencia
Direitos Humanos e foi fortemente reconfirmado pela Declaração Mundial sobre
Educação para Todos. Qualquer pessoa portadora de deficiência tem o direito de
expressar seus desejos com relação à sua educação, tanto quanto estes possam
ser realizados. Pais possuem o direito inerente de serem consultados sobre a
forma de educação mais apropriadas às necessidades, circunstâncias e
aspirações de suas crianças.
2.O direito de cada criança a educação é proclamado na Declaração Universal de
todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais,
sociais, emocionais, lingüísticas ou outras. Aquelas deveriam incluir crianças
deficientes e super-dotadas, crianças de rua e que trabalham, crianças de origem
remota ou de população nômade, crianças pertencentes a minorias lingüísticas,
étnicas ou culturais, e crianças de outros grupos desavantajados ou
marginalizados. Tais condições geram uma variedade de diferentes desafios aos
sistemas escolares. No contexto desta Estrutura, o termo "necessidades
educacionais especiais" refere-se a todas aquelas crianças ou jovens cujas
necessidades educacionais especiais se originam em função de deficiências ou
dificuldades de aprendizagem. Muitas crianças experimentam dificuldades de
aprendizagem e portanto possuem necessidades educacionais especiais em
algum ponto durante a sua escolarização. Escolas devem buscar formas de
educar tais crianças bem-sucedidamente, incluindo aquelas que possuam
desvantagens severas. Existe um consenso emergente de que crianças e jovens
com necessidades educacionais especiais devam ser incluídas em arranjos
educacionais feitos para a maioria das crianças. Isto levou ao conceito de escola
inclusiva. O desafio que confronta a escola inclusiva é no que diz respeito ao
desenvolvimento de uma pedagogia centrada na criança e capaz de bemsucedidamente
educar todas as crianças, incluindo aquelas que possuam
desvantagens severa. O mérito de tais escolas não reside somente no fato de que
elas sejam capazes de prover uma educação de alta qualidade a todas as
crianças: o estabelecimento de tais escolas é um passo crucial no sentido de
modificar atitudes discriminatórias, de criar comunidades acolhedoras e de
desenvolver uma sociedade inclusiva.
3.O princípio que orienta esta Estrutura é o de que escolas deveriam acomodar
forte pedagogia da qual todas as crianças possam se beneficiar. Ela assume que
as diferenças humanas são normais e que, em consonância com a aprendizagem
de ser adaptada às necessidades da criança, ao invés de se adaptar a criança às
assunções pré-concebidas a respeito do ritmo e da natureza do processo de
aprendizagem. Uma pedagogia centrada na criança é beneficial a todos os
estudantes e, consequentemente, à sociedade como um todo. A experiência tem
demonstrado que tal pedagogia pode consideravelmente reduzir a taxa de
desistência e repetência escolar (que são tão características de tantos sistemas
educacionais) e ao mesmo tempo garantir índices médios mais altos de
rendimento escolar. Uma pedagogia centrada na criança pode impedir o
desperdício de recursos e o enfraquecimento de esperanças, tão freqüentemente
conseqüências de uma instrução de baixa qualidade e de uma mentalidade
educacional baseada na idéia de que "um tamanho serve a todos". Escolas
centradas na criança são além do mais a base de treino para uma sociedade
baseada no povo, que respeita tanto as diferenças quanto a dignidade de todos os
seres humanos. Uma mudança de perspectiva social é imperativa. Por um tempo
demasiadamente longo os problemas das pessoas portadoras de deficiências têm
sido compostos por uma sociedade que inabilita, que tem prestado mais atenção
aos impedimentos do que aos potenciais de tais pessoas.
4. Educação Especial incorpora os mais do que comprovados princípios de uma
5. Esta Estrutura de Ação compõe-se das seguintes seções:
I. Novo pensar em educação especial
II. Orientações para a ação em nível nacional:
A. Política e Organização
B. Fatores Relativos à Escola
C. Recrutamento e Treinamento de Educadores
D. Serviços Externos de Apoio
E. Áreas Prioritárias
F. Perspectivas Comunitárias
G. Requerimentos Relativos a Recursos
III. Orientações para ações em níveis regionais e internacionais
promover integração e participação e de combater a exclusão. Inclusão e
participação são essenciais à dignidade humana e ao desfrutamento e exercício
dos direitos humanos. Dentro do campo da educação, isto se reflete no
desenvolvimento de estratégias que procuram promover a genuína equalização de
oportunidades. Experiências em vários países demonstram que a integração de
crianças e jovens com necessidades educacionais especiais é melhor alcançada
dentro de escolas inclusivas, que servem a todas as crianças dentro da
comunidade. É dentro deste contexto que aqueles com necessidades
educacionais especiais podem atingir o máximo progresso educacional e
integração social. Ao mesmo tempo em que escolas inclusivas provêem um
ambiente favorável à aquisição de igualdade de oportunidades e participação total,
o sucesso delas requer um esforço claro, não somente por parte dos professores e
dos profissionais na escola, mas também por parte dos colegas, pais, famílias e
voluntários. A reforma das instituições sociais não constitui somente um tarefa
técnica, ela depende, acima de tudo, de convicções, compromisso e disposição
dos indivíduos que compõem a sociedade.
6. A tendência em política social durante as duas últimas décadas tem sido a de
aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer
dificuldades ou diferenças que elas possam ter. Escolas inclusivas devem
reconhecer e responder às necessidades diversas de seus alunos, acomodando
ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de
qualidade à todos através de um currículo apropriado, arranjos organizacionais,
estratégias de ensino, uso de recurso e parceria com as comunidades. Na
verdade, deveria existir uma continuidade de serviços e apoio proporcional ao
contínuo de necessidades especiais encontradas dentro da escola.
7. Principio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças devem
especiais deveriam receber qualquer suporte extra requerido para assegurar uma
educação efetiva. Educação inclusiva é o modo mais eficaz para construção de
solidariedade entre crianças com necessidades educacionais especiais e seus
colegas. O encaminhamento de crianças a escolas especiais ou a classes
especiais ou a sessões especiais dentro da escola em caráter permanente
deveriam constituir exceções, a ser recomendado somente naqueles casos
infreqüentes onde fique claramente demonstrado que a educação na classe
regular seja incapaz de atender às necessidades educacionais ou sociais da
criança ou quando sejam requisitados em nome do bem-estar da criança ou de
outras crianças.
8. Dentro das escolas inclusivas, crianças com necessidades educacionais
outro. Existem por exemplo, países que possuem sistemas de escolas especiais
fortemente estabelecidos para aqueles que possuam impedimentos específicos.
Tais escolas especais podem representar um valioso recurso para o
desenvolvimento de escolas inclusivas. Os profissionais destas instituições
especiais possuem nível de conhecimento necessário à identificação precoce de
crianças portadoras de deficiências. Escolas especiais podem servir como centro
de treinamento e de recurso para os profissionais das escolas regulares.
Finalmente, escolas especiais ou unidades dentro das escolas inclusivas podem
continuar a prover a educação mais adequada a um número relativamente
pequeno de crianças portadoras de deficiências que não possam ser
adequadamente atendidas em classes ou escolas regulares. Investimentos em
escolas especiais existentes deveriam ser canalizados a este novo e amplificado
papel de prover apoio profissional às escolas regulares no sentido de atender às
necessidades educacionais especiais. Uma importante contribuição às escolas
regulares que os profissionais das escolas especiais podem fazer refere-se à
provisão de métodos e conteúdos curriculares às necessidades individuais dos
alunos.
9. A situação com respeito à educação especial varia enormemente de um país a
fortemente aconselhados a concentrar seus esforços no desenvolvimento de
escolas inclusivas e serviços especializados - em especial, provisão de
treinamento de professores em educação especial e estabelecimento de recursos
adequadamente equipados e assessorados, para os quais as escolas pudessem
se voltar quando precisassem de apoio - deveriam tornar as escolas aptas a servir
à vasta maioria de crianças e jovens. A experiência, principalmente em países em
desenvolvimento, indica que o alto custo de escolas especiais significa na prática,
que apenas uma pequena minoria de alunos, em geral uma elite urbana, se
beneficia delas. A vasta maioria de alunos com necessidades especiais,
especialmente nas áreas rurais, é consequentemente, desprovida de serviços. De
fato, em muitos países em desenvolvimento, estima-se que menos de um por
cento das crianças com necessidades educacionais especiais são incluídas na
provisão existente. Além disso, a experiência sugere que escolas inclusivas,
servindo a todas as crianças numa comunidade são mais bem sucedidas em atrair
apoio da comunidade e em achar modos imaginativos e inovadores de uso dos
limitados recursos que sejam disponíveis. Planejamento educacional da parte dos
governos, portanto, deveria ser concentrado em educação para todas as pessoas,
em todas as regiões do país e em todas as condições econômicas, através de
escolas públicas e privadas.
10. Países que possuam poucas ou nenhuma escolas especial seriam em geral,
rudimentos de uma educação básica, principalmente nas regiões em
desenvolvimento no mundo, justamente porque no passado uma quantidade
relativamente pequena de crianças com deficiências obteve acesso à educação.
Portanto, um esforço concentrado é requerido no sentido de se promover a
alfabetização e o aprendizado da matemática e de habilidades básicas às pessoas
portadoras de deficiências através de programas de educação de adultos.
Também é importante que se reconheça que mulheres têm freqüentemente sido
duplamente desavantajadas, com preconceitos sexuais compondo as dificuldades
causadas pelas suas deficiências. Mulheres e homens deveriam possuir a mesma
influência no delineamento de programas educacionais e as mesmas
oportunidades de se beneficiarem de tais. Esforços especiais deveriam ser feitos
no sentido de se encorajar a participação de meninas e mulheres com deficiências
em programas educacionais.
11. Existem milhões de adultos com deficiências e sem acesso sequer aos
educação especial. Tal estrutura, evidentemente, não tem meios de dar conta da
enorme variedade de situações encontradas nas diferentes regiões e países do
mundo e deve desta maneira, ser adaptada no sentido ao requerimento e
circunstâncias locais. Para que seja efetiva, ela deve ser complementada por
ações nacionais, regionais e locais inspirados pelo desejo político e popular de
alcançar educação para todos.
12. Esta estrutura pretende ser um guia geral ao planejamento de ação em
II. LINHAS DE AÇÃO EM NÍVEL NACIONAL A. POLÍTICA E ORGANIZAÇÃO
complementares àqueles com necessidades especiais. Ambas se baseiam nos
princípios de inclusão, integração e participação e representam abordagens bemtestadas
e financeiramente efetivas para promoção de igualdade de acesso para
aqueles com necessidades educacionais especiais como parte de uma estratégia
nacional que objetive o alcance de educação para todos. Países são convidados a
considerar as seguintes ações concernentes a política e organização de seus
sistemas educacionais.
13. Educação integrada e reabilitação comunitária representam abordagens
crianças, jovens e adultos com deficiências na educação primária, secundária e
terciária, sempre que possível em ambientes integrados.
14. Legislação deveria reconhecer o princípio de igualdade de oportunidade para
campos da saúde, bem-estar social, treinamento vocacional e trabalho no sentido
de promover apoio e gerar total eficácia à legislação educacional.
15. Medidas Legislativas paralelas e complementares deveriam ser adotadas nos
estipular que a criança portadora de deficiência deveria freqüentar a escola de sua
vizinhança: ou seja, a escola que seria freqüentada caso a criança não portasse
nenhuma deficiência. Exceções à esta regra deveriam ser consideradas
individualmente, caso-por-caso, em casos em que a educação em instituição
especial seja requerida.
16. Políticas educacionais em todos os níveis, do nacional ao local, deveriam
ser parte integrante de planos nacionais que objetivem atingir educação para
todos. Mesmo naqueles casos excepcionais em que crianças sejam colocadas em
escolas especiais, a educação dela não precisa ser inteiramente segregada.
Freqüência em regime não-integral nas escolas regulares deveria ser encorajada.
Provisões necessárias deveriam também ser feitas no sentido de assegurar
inclusão de jovens e adultos com necessidade especiais em educação secundária
e superior bem como em programa de treinamento. Atenção especial deveria ser
dada à garantia da igualdade de acesso e oportunidade para meninas e mulheres
portadoras de deficiências.
17. A prática de desmarginalização de crianças portadoras de deficiência deveria
com deficiências múltiplas ou severas. Eles possuem os mesmos direitos que
outros na comunidade, à obtenção de máxima independência na vida adulta e
deveriam ser educados neste sentido, ao máximo de seus potenciais.
18. Atenção especial deveria ser prestada às necessidades das crianças e jovens
situações individuais. A importância da linguagem de signos como meio de
comunicação entre os surdos, por exemplo, deveria ser reconhecida e provisão
deveria ser feita no sentido de garantir que todas as pessoas surdas tenham
acesso a educação em sua língua nacional de signos. Devido às necessidades
particulares de comunicação dos surdos e das pessoas surdas/cegas, a educação
deles pode ser mais adequadamente provida em escolas especiais ou classes
especiais e unidades em escolas regulares.
19. Políticas educacionais deveriam levar em total consideração as diferenças e
estratégia global de apoio a uma educação financeiramente efetiva e treinamento
para pessoas com necessidade educacionais especiais. Reabilitação comunitária
deveria ser vista como uma abordagem específica dentro do desenvolvimento da
comunidade objetivando a reabilitação, equalização de oportunidades e integração
social de todas as pessoas portadoras de deficiências; deveria ser implementada
através de esforços combinados entre as pessoas portadoras de deficiências,
suas famílias e comunidades e os serviços apropriados de educação, saúde, bemestar
e vocacional.
20. Reabilitação comunitária deveria ser desenvolvida como parte de uma
desenvolvimento de escolas inclusivas. Barreiras que impeçam o fluxo de
movimento da escola especial para a regular deveriam ser removidas e uma
estrutura administrativa comum deveria ser organizada. Progresso em direção à
inclusão deveria ser cuidadosamente monitorado através do agrupamento de
estatísticas capazes de revelar o número de estudantes portadores de deficiências
que se beneficiam dos recursos, know-how e equipamentos direcionados à
educação especial bem como o número de estudantes com necessidades
educacionais especiais matriculados nas escolas regulares.
21. Ambos os arranjos políticos e de financiamento deveriam encorajar e facilitar o
trabalho e assistência social deveria ser fortalecida em todos os níveis no sentido
de promover convergência e complementariedade, Planejamento e coordenação
também deveriam levar em conta o papel real e o potencial que agências semipúblicas
e organizações não-governamentais podem ter. Um esforço especial
necessita ser feito no sentido de se atrair apoio comunitário à provisão de serviços
educacionais especiais.
22. Coordenação entre autoridades educacionais e as responsáveis pela saúde,
externo à educação especial e trabalhando em cooperação com seus parceiros
internacionais, assegurar que tal financiamento corresponda às prioridades
nacionais e políticas que objetivem atingir educação para todos. Agências
bilaterais e multilaterais de auxílio , por sua parte, deveriam considerar
cuidadosamente as políticas nacionais com respeito à educação especial no
planejamento e implementação de programas em educação e áreas relacionadas.
23. Autoridades nacionais têm a responsabilidade de monitorar financiamento
B. FATORES RELATIVOS À ESCOLA
variedade de alunos em ambas as áreas rurais e urbanas requer a articulação de
uma política clara e forte de inclusão junto com provisão financeira adequada - um
esforço eficaz de informação pública para combater o preconceito e criar atitudes
informadas e positivas - um programa extensivo de orientação e treinamento
profissional - e a provisão de serviços de apoio necessários. Mudanças em todos
os seguintes aspectos da escolarização, assim como em muitos outros, são
necessárias para a contribuição de escolas inclusivas bem-sucedidas: currículo,
prédios, organização escolar, pedagogia, avaliação, pessoal, filosofia da escola e
atividades extra-curriculares.
24. o desenvolvimento de escolas inclusivas que ofereçam serviços a uma grande
de crianças com necessidades educacionais especiais. Elas fazem parte de um
reforma mais ampla da educação, necessária para o aprimoramento da qualidade
e relevância da educação, e para a promoção de níveis de rendimento escolar
superiores por parte de todos os estudantes. A Declaração Mundial sobre
Educação para Todos enfatizou a necessidade de uma abordagem centrada na
criança objetivando a garantia de uma escolarização bem-sucedida para todas as
crianças. A adoção de sistemas mais flexíveis e adaptativos, capazes de mais
largamente levar em consideração as diferentes necessidades das crianças irá
contribuir tanto para o sucesso educacional quanto para a inclusão. As seguintes
orientações enfocam pontos a ser considerados na integração de crianças com
necessidades educacionais especiais em escolas inclusivas. Flexibilidade
Curricular.
25. Muitas das mudanças requeridas não se relacionam exclusivamente à inclusão
Escolas deveriam, portanto, prover oportunidades curriculares que sejam
apropriadas a criança com habilidades e interesses diferentes.
26. O currículo deveria ser adaptado às necessidades das crianças, e não viceversa.
adicional no contexto do currículo regular, e não de um currículo diferente. O
princípio regulador deveria ser o de providenciar a mesma educação a todas as
crianças, e também prover assistência adicional e apoio às crianças que assim o
requeiram.
27. Crianças com necessidades especiais deveriam receber apoio instrucional
e teórica. O conteúdo da educação deveria ser voltado a padrões superiores e às
necessidades dos indivíduos com o objetivo de torná-los aptos a participar
totalmente no desenvolvimento. O ensino deveria ser relacionado às experiências
dos alunos e a preocupações práticas no sentido de melhor motivá-los.
28. A aquisição de conhecimento não é somente uma questão de instrução formal
deveriam ser revistas. Avaliação formativa deveria ser incorporada no processo
educacional regular no sentido de manter alunos e professores informados do
controle da aprendizagem adquirida, bem como no sentido de identificar
dificuldades e auxiliar os alunos a superá-las.
29. Para que o progresso da criança seja acompanhado, formas de avaliação
de apoio deveria ser providenciada, com variação desde a ajuda mínima na classe
regular até programas adicionais de apoio à aprendizagem dentro da escola e
expandindo, conforme necessário, à provisão de assistência dada por professores
especializados e pessoal de apoio externo.
30. Para crianças com necessidades educacionais especiais uma rede contínua
aprimorar a taxa de sucesso no currículo da escola e para ajudar na comunicação,
mobilidade e aprendizagem. Auxílios técnicos podem ser oferecidos de modo mais
econômico e efetivo se eles forem providos a partir de uma associação central em
cada localidade, aonde haja know-how que possibilite a conjugação de
necessidades individuais e assegure a manutenção.
31. Tecnologia apropriada e viável deveria ser usada quando necessário para
níveis nacional e regional no sentido de desenvolver sistemas tecnológicos de
apoio apropriados à educação especial. Estados que tenham ratificado o Acordo
de Florença deveriam ser encorajados a usar tal instrumento no sentido de facilitar
a livre circulação de materiais e equipamentos às necessidades das pessoas com
deficiências. Da mesma forma, Estados que ainda não tenham aderido ao Acordo
ficam convidados a assim fazê-lo para que se facilite a livre circulação de serviços
e bens de natureza educacional e cultural.
32. Capacitação deveria ser originada e pesquisa deveria ser levada a cabo em
Administração da Escola
quanto a fazer com que as escolas respondam mais às crianças com
necessidades educacionais especiais desde de que a eles sejam fornecidos a
devida autonomia e adequado treinamento para que o possam fazê-lo. Eles
(administradores e diretores) deveriam ser convidados a desenvolver uma
administração com procedimentos mais flexíveis, a reaplicar recursos
instrucionais, a diversificar opções de aprendizagem, a mobilizar auxílio individual,
a oferecer apoio aos alunos experimentando dificuldades e a desenvolver relações
com pais e comunidades, Uma administração escolar bem sucedida depende de
um envolvimento ativo e reativo de professores e do pessoal e do
desenvolvimento de cooperação efetiva e de trabalho em grupo no sentido de
atender as necessidades dos estudantes.
33. Administradores locais e diretores de escolas podem ter um papel significativo
positivas através da comunidade escolar e via arranjando uma cooperação efetiva
entre professores de classe e pessoal de apoio. Arranjos apropriados para o apoio
e o exato papel a ser assumido pelos vários parceiros no processo educacional
deveria ser decidido através de consultoria e negociação.
34. Diretores de escola têm a responsabilidade especial de promover atitudes
sucesso ou fracasso de cada estudante. O grupo de educadores, ao invés de
professores individualmente, deveria dividir a responsabilidade pela educação de
crianças com necessidades especiais. Pais e voluntários deveriam ser convidados
assumir participação ativa no trabalho da escola. Professores, no entanto,
possuem um papel fundamental enquanto administradores do processo
educacional, apoiando as crianças através do uso de recursos disponíveis, tanto
dentro como fora da sala de aula.
35. Cada escola deveria ser uma comunidade coletivamente responsável pelo
Informação e Pesquisa
ensino e aprendizagem. Informação sobre resultados de estudos que sejam
relevantes também seria valiosa. A demonstração de experiência e o
desenvolvimento de centros de informação deveriam receber apoio a nível
nacional, e o acesso a fontes de informação deveria ser ampliado.
36. A disseminação de exemplos de boa prática ajudaria o aprimoramento do
de pesquisa e desenvolvimento e de centros de desenvolvimento curricular.
Atenção especial deveria ser prestada nesta área, a pesquisa-ação locando em
estratégias inovadoras de ensino-aprendizagem. professores deveriam participar
ativamente tanto na ação quanto na reflexão envolvidas em tais investigações.
Estudos-piloto e estudos de profundidade deveriam ser lançados para auxiliar
tomadas de decisões e para prover orientação futura. Tais experimentos e estudos
deveriam ser levados a cabo numa base de cooperação entre vários países.
37. A educação especial deveria ser integrada dentro de programas de instituições
C. RECRUTAMENTO E TREINAMENTO DE EDUCADORES
promoção de progresso no sentido do estabelecimento de escolas inclusivas. As
seguintes ações poderiam ser tomadas. Além disso, a importância do
recrutamento de professores que possam servir como modelo para crianças
portadoras de deficiências torna-se cada vez mais reconhecida.
38. Preparação apropriada de todos os educadores constitui-se um fator chave na
pedagogia de ensino primário ou secundário, orientação positiva frente à
deficiência, desta forma desenvolvendo um entendimento daquilo que pode ser
alcançado nas escolas através dos serviços de apoio disponíveis na localidade. O
conhecimento e habilidades requeridas dizem respeito principalmente à boa
prática de ensino e incluem a avaliação de necessidades especiais, adaptação do
conteúdo curricular, utilização de tecnologia de assistência, individualização de
procedimentos de ensino no sentido de abarcar uma variedade maior de
habilidades, etc. Nas escolas práticas de treinamento de professores, atenção
especial deveria ser dada à preparação de todos os professores para que
exercitem sua autonomia e apliquem suas habilidades na adaptação do currículo e
da instrução no sentido de atender as necessidades especiais dos alunos, bem
como no sentido de colaborar com os especialistas e cooperar com os pais.
39. Treinamento pré-profissional deveria fornecer a todos os estudantes de
provêem excelentes serviços para estudantes portadores de deficiências refere-se
a falta de modelos para tais estudantes. alunos de educação especial requerem
oportunidades de interagir com adultos portadores de deficiências que tenham
obtido sucesso de forma que eles possam ter um padrão para seus próprios
estilos de vida e aspirações com base em expectativas realistas. Além disso,
alunos portadores de deficiências deveriam ser treinados e providos de exemplos
de atribuição de poderes e liderança à deficiência de forma que eles possam
auxiliar no modelamento de políticas que irão afetá-los futuramente. Sistemas
educacionais deveriam, portanto, basear o recrutamento de professores e outros
educadores que podem e deveriam buscar, para a educação de crianças
especiais, o envolvimento de indivíduos portadores de deficiências que sejam bem
sucedidos e que provenham da mesma região.
40. Um problema recorrente em sistemas educacionais, mesmo naqueles que
especiais deveriam ser levadas em consideração durante a avaliação dos estudos
e da graduação de professores.
41. As habilidades requeridas para responder as necessidades educacionais
seminários organizados para administradores locais, supervisores, diretores e
professores, no sentido de desenvolver suas capacidades de prover liderança
nesta área e de aposta e treinar pessoal menos experiente.
42. Como formar prioritária, materiais escritos deveriam ser preparados e
professores, levando-se em consideração as variadas e freqüentemente difíceis
condições sob as quais eles trabalham. Treinamento em serviço deveria sempre
que possível, ser desenvolvido ao nível da escola e por meio de interação com
treinadores e apoiado por técnicas de educação à distância e outras técnicas autodidáticas.
43. O menor desafio reside na provisão de treinamento em serviço a todos os
profissionais deveria normalmente ser integrado com ou precedido de treinamento
e experiência como uma forma regular de educação de professores para que a
complementariedade e a mobilidade sejam asseguradas.
44. Treinamento especializado em educação especial que leve às qualificações
intenção de se lhes habilitar a trabalhar em ambientes diferentes e de assumir um
papel-chave em programas de educação especial. Uma abordagem nãocategorizante
que embarque todos os tipos de deficiências deveria ser
desenvolvida como núcleo comum e anterior à especialização em uma ou mais
áreas específicas de deficiência.
45. O Treinamento de professores especiais necessita ser reconsiderado com a
no processo de desenvolvimento da educação especial, especialmente no que diz
respeito à pesquisa, avaliação, preparação de formadores de professores e
desenvolvimento de programas e materiais de treinamento. Redes de trabalho
entre universidades e instituições de aprendizagem superior em países
desenvolvidos e em desenvolvimento deveriam ser promovidas. A ligação entre
pesquisa e treinamento neste sentido é de grande significado. Também é muito
importante o envolvimento ativo de pessoas portadoras de deficiência em
pesquisa e em treinamento pata que se assegure que suas perspectivas sejam
completamente levadas em consideração.
46. Universidades possuem um papel majoritário no sentido de aconselhamento
D. SERVIÇOS EXTERNOS DE APOIO
de políticas educacionais inclusivas. Para que se assegure que, em todos os
níveis, serviços externos sejam colocados à disposição de crianças com
necessidades especiais, autoridades educacionais deveriam considerar o
seguinte:
47. A provisão de serviços de apoio é de fundamental importância para o sucesso
de treinamento de professores quanto pelo trabalho de campo dos profissionais
das escolas especiais. Os últimos deveriam ser utilizados cada vez mais como
centros de recursos para as escolas regulares, oferecendo apoio direto aquelas
crianças com necessidades educacionais especiais. Tanto as instituições de
treinamento como as escolas especiais podem prover o acesso a materiais e
equipamentos, bem como o treinamento em estratégias de instrução que não
sejam oferecidas nas escolas regulares.
48. Apoio às escolas regulares deveria ser providenciado tanto pelas instituições
instituições, tais como professor-consultor, psicólogos escolares, fonoaudiólogos e
terapeutas ocupacionais, etc.., deveria ser coordenado em nível local. O
agrupamento de escolas tem comprovadamente se constituído numa estratégia
útil na mobilização de recursos educacionais bem como no envolvimento da
comunidade. Grupos de escolas poderiam ser coletivamente responsáveis pela
provisão de serviços a alunos com necessidades educacionais especiais em suas
áreas e (a tais grupos de escolas) poderia ser dado o espaço necessário para
alocarem os recursos conforme o requerido. Tais arranjos também deveriam
envolver serviços não educacionais. De fato, a experiência sugere que serviços
educacionais se beneficiariam significativamente caso maiores esforços fossem
feitos para assegurar o ótimo uso de todo o conhecimento e recursos disponíveis.
49. O apoio externo do pessoal de recurso de várias agências, departamentos e
E. ÁREAS PRIORITÁRIAS
seria mais efetiva e bem-sucedida se consideração especial fosse dada a planos
de desenvolvimento educacional nas seguintes áreas: educação infantil, para
garantir a educabilidade de todas as crianças: transição da educação para a vida
adulta do trabalho e educação de meninas.
50. A integração de crianças e jovens com necessidades educacionais especiais
Educação Infantil
avaliação e estimulação de crianças pré- escolares com necessidades
educacionais especiais. Assistência infantil e programas educacionais para
crianças até a idade de 6 anos deveriam ser desenvolvidos e/ou reorientados no
sentido de promover o desenvolvimento físico, intelectual e social e a prontidão
para a escolarização. Tais programas possuem um grande valor econômico para o
indivíduo, a família e a sociedade na prevenção do agravamento de condições que
inabilitam a criança. Programas neste nível deveriam reconhecer o princípio da
inclusão e ser desenvolvidos de uma maneira abrangente, através da combinação
de atividades pré-escolares e saúde infantil.
51. O sucesso de escolas inclusivas depende em muito da identificação precoce,
através do apoio no desenvolvimento de jardins de infância e pré-escolas, como
pela organização de informação às famílias e de atividades de conscientização em
colaboração com serviços comunitários (saúde, cuidados maternos e infantis) com
escolas e com associações locais de famílias ou de mulheres.
52. Vários países têm adotado políticas em favor da educação infantil, tanto
Preparação para a Vida Adulta
sentido de realizarem uma transição efetiva da escola para o trabalho. Escolas
deveriam auxiliá-los a se tornarem economicamente ativos e provê-los com as
habilidades necessárias ao cotidiano da vida, oferecendo treinamento em
habilidades que correspondam às demandas sociais e de comunicação e às
expectativas da vida adulta. Isto implica em tecnologias adequadas de
treinamento, incluindo experiências diretas em situações da vida real, fora da
escola. O currículo para estudantes mais maduros e com necessidades
educacionais especiais deveria incluir programas específicos de transição, apoio
de entrada para a educação superior sempre que possível e conseqüente
treinamento vocacional que os prepare a funcionar independentemente enquanto
membros contribuintes em suas comunidades e após o término da escolarização.
Tais atividades deveria ser levadas a cabo com o envolvimento ativo de
aconselhadores vocacionais, oficinas de trabalho, associações de profissionais,
autoridades locais e seus respectivos serviços e agências.
53. Jovens com necessidades educacionais especiais deveriam ser auxiliados no
Educação de Meninas
esforço especial se requer no sentido de se prover treinamento e educação para
meninas com necessidades educacionais especiais. Além de ganhar acesso a
escola, meninas portadoras de deficiências deveriam ter acesso à informação,
orientação e modelos que as auxiliem a fazer escolhas realistas e as preparem
para desempenharem seus futuros papéis enquanto mulheres adultas.
54. Meninas portadoras de deficiências encontram-se em dupla desvantagem. Um
Educação de Adultos e Estudos Posteriores
ao desenvolvimento e implementação de programas de educação de adultos e de
estudos posteriores. Pessoas portadoras de deficiências deveriam receber
prioridade de acesso à tais programas. Cursos especiais também poderiam ser
desenvolvidos no sentido de atenderem às necessidades e condições de
diferentes grupos de adultos portadores de deficiência.
55. Pessoas portadoras de deficiências deveriam receber atenção especial quanto
F. PERSPECTIVAS COMUNITÁRIAS
necessidades educacionais especiais não constitui tarefa somente dos Ministérios
de Educação e das escolas. Ela requer a cooperação das famílias e a mobilização
das comunidades e de organizações voluntárias, assim como o apoio do público
em geral. A experiência provida por países ou áreas que têm testemunhado
progresso na equalização de oportunidades educacionais para crianças
portadoras de deficiência sugere uma série de lições úteis.
56. A realização do objetivo de uma educação bem- sucedida de crianças com
Parceria com os Pais
tarefa a ser dividida entre pais e profissionais. Uma atitude positiva da parte dos
pais favorece a integração escolar e social. Pais necessitam de apoio para que
possam assumir seus papéis de pais de uma criança com necessidades especiais.
O papel das famílias e dos pais deveria ser aprimorado através da provisão de
informação necessária em linguagem clara e simples; ou enfoque na urgência de
informação e de treinamento em habilidades paternas constitui uma tarefa
importante em culturas aonde a tradição de escolarização seja pouca.
57. A educação de crianças com necessidades educacionais especiais é uma
especiais de suas crianças, e desta maneira eles deveriam, o máximo possível, ter
a chance de poder escolher o tipo de provisão educacional que eles desejam para
suas crianças.
58. Pais constituem parceiros privilegiados no que concerne as necessidades
professores e pais deveria ser desenvolvida e pais deveriam ser considerados
enquanto parceiros ativos nos processos de tomada de decisão. Pais deveriam ser
encorajados a participar em atividades educacionais em casa e na escola (aonde
eles poderiam observar técnicas efetivas e aprender como organizar atividades
extra-curriculares), bem como na supervisão e apoio à aprendizagem de suas
crianças.
59. Uma parceria cooperativa e de apoio entre administradores escolares,
através tanto de declarações políticas quanto legais no que concerne aos direitos
paternos. O desenvolvimento de associações de pais deveria ser promovida e
seus representante envolvidos no delineamento e implementação de programas
que visem o aprimoramento da educação de seus filhos. Organizações de
pessoas portadoras de deficiências também deveriam ser consultadas no que diz
respeito ao delineamento e implementação de programas.
60. Governos deveriam tomar a liderança na promoção de parceria com os pais,
Envolvimento da Comunidade
de comunidades na educação e treinamento de pessoas com necessidades
educacionais especiais. Administradores locais deveriam encorajar a participação
da comunidade através da garantia de apoio às associações representativas e
convidando-as a tomarem parte no processo de tomada de decisões. Com este
objetivo em vista, mobilizando e monitorando mecanismos formados pela
administração civil local, pelas autoridades de desenvolvimento educacional e de
saúde, líderes comunitários e organizações voluntárias deveriam estar
estabelecidos em áreas geográficas suficientemente pequenas para assegurar
uma participação comunitária significativa.
61. A descentralização e o planejamento local favorecem um maior envolvimento
atividades na escola, de prover auxílio na concretização de deveres de casa e de
compensar a falta de apoio familiar. Neste sentido, o papel das associações de
bairro deveria ser mencionado no sentido de que tais forneçam espaços
disponíveis, como também o papel das associações de famílias, de clubes e
movimentos de jovens, e o papel potencial das pessoas idosas e outros
voluntários incluindo pessoas portadoras de deficiências em programas tanto
dentro como fora da escola.
62. O envolvimento comunitário deveria ser buscado no sentido de suplementar
externa, cabe à comunidade decidir se o programa se tornará parte das atividades
de desenvolvimento da comunidade. Aos vários parceiros na comunidade,
incluindo organizações de pessoas portadoras de deficiência e outras
organizações não-governamentais deveria ser dada a devida autonomia para se
tornarem responsáveis pelo programa. Sempre que apropriado, agências
governamentais em níveis nacional e local também deveriam prestar apoio.
O Papel das Organizações Voluntárias
63. Sempre que ação de reabilitação comunitária seja provida por iniciativa
liberdade para agir e podem responder mais prontamente às necessidades
expressas, elas deveriam ser apoiadas no desenvolvimento de novas idéias e no
trabalho pioneiro de inovação de métodos de entrega de serviços. Tais
organizações podem desempenhar o papel fundamental de inovadores e
catalizadores e expandir a variedade de programas disponíveis à comunidade.
64. Uma vez que organizações voluntárias e não-governamentais possuem maior
possuam influência decisiva deveriam ser convidadas a tomar parte ativa na
identificação de necessidades, expressando sua opinião a respeito de prioridades,
administrando serviços, avaliando desempenho e defendendo mudanças.
65. Organizações de pessoas portadoras de deficiências - ou seja, aquelas que
Conscientização Pública
regularmente reafirmar seu compromisso para com a inclusão e promover atitudes
positivas entre as crianças, professores e público em geral, no que diz respeito
aos que possuem necessidades educacionais especiais.
66. Políticos em todos os níveis, incluindo o nível da escola, deveriam
a integração de pessoas portadoras de deficiência na sociedade. Superando
preconceitos e má informação, e difundindo um maior otimismo e imaginação
sobre as capacidades das pessoas portadoras de deficiência. A mídia também
pode promover atitudes positivas em empregadores com relação ao emprego de
pessoas portadoras de deficiência. A mídia deveria acostumar-se a informar o
público a respeito de novas abordagens em educação, particularmente no que diz
respeito à provisão em educação especial nas escolas regulares, através da
popularização de exemplos de boa prática e experiências bem-sucedidas.
67. A mídia possui um papel fundamental na promoção de atitudes positivas frente
G. REQUERIMENTOS RELATIVOS A RECURSOS
a educação para todos deve ser reconhecido como uma política governamental
chave e dado o devido privilégio na pauta de desenvolvimento da nação. É
somente desta maneira que os recursos adequados podem ser obtidos. Mudanças
nas políticas e prioridades podem acabar sendo inefetivas a menos que um
mínimo de recursos requeridos seja providenciado. O compromisso político é
necessário, tanto a nível nacional como comunitário. Para que se obtenha
recursos adicionais e para que se re-empregue os recursos já existentes. Ao
mesmo tempo em que as comunidades devem desempenhar o papel- chave de
desenvolver escolas inclusivas, apoio e encorajamento aos governos também são
essenciais ao desenvolvimento efetivo de soluções viáveis.
68. O desenvolvimento de escolas inclusivas como o modo mais efetivo de atingir
consideração as diferenças em gastos no sentido de se prover educação
apropriada para todas as crianças que possuem habilidades diferentes. Um
começo realista poderia ser o de apoiar aquelas escolas que desejam promover
uma educação inclusiva e o lançamento de projetos-piloto em algumas áreas com
vistas a adquirir o conhecimento necessário para a expansão e generalização
progressivas. No processo de generalização da educação inclusiva, o nível de
suporte e de especialização deverá corresponder à natureza da demanda.
69.A distribuição de recursos às escolas deveria realisticamente levar em
treinamento de professores regulares de provisão de centros de recursos, de
professores especiais ou professores-recursos. Ajuda técnica apropriada para
assegurar a operação bem-sucedida de um sistema educacional integrador,
também deve ser providenciada. Abordagens integradoras deveriam, portanto,
estar ligadas ao desenvolvimento de serviços de apoio em níveis nacional e local.
70. Recursos também devem ser alocados no sentido de apoiar serviços de
humanos institucionais, logísticos, materiais e financeiros dos vários
departamentos ministeriais (Educação, Saúde, Bem-Estar-Social, Trabalho,
Juventude, etc.), das autoridades locais e territoriais e de outras instituições
especializadas. A combinação de uma abordagem tanto social quanto educacional
no que se refere à educação especial requererá estruturas de gerenciamento
efetivas que capacitem os vários serviços a cooperar tanto em nível local quanto
em nível nacional e que permitam que autoridades públicas e corporações juntem
esforços.
71. Um modo efetivo de maximizar o impacto refere-se a união de recursos
III. ORIENTAÇÕES PARA AÇÕES EM NÍVEIS REGIONAIS E INTERNACIONAIS
regionais e inter-regionais, podem ter um papel muito importante
no apoio ao movimento frente a escolas inclusivas. Com base em experiências
anteriores nesta área, organizações internacionais, inter-governamentais e nãogovernamentais,
bem como agências doadoras bilaterais, poderiam considerar a
união de seus esforços na implementação das seguintes abordagens estratégicas.
72. Cooperação internacional entre organizações governamentais e nãogovernamentais,
intervenção com um efeito multiplicador, especialmente em países em
desenvolvimento. Uma tarefa importante para a cooperação internacional reside
no apoio no lançamento de projetos-piloto que objetivem testar abordagens e
originar capacitação.
73. Assistência técnica deveria ser direcionada a áreas estratégicas de
abordagens semelhantes no tocante à educação especial poderia resultar no
planejamento de atividades conjuntas sob os auspícios de mecanismos de
cooperação regional ou sub-regional. Tais atividades deveriam ser delineadas com
vistas a levar vantagens sobre as economias da escala, a basear-se na
experiência de países participantes, e a aprimorar o desenvolvimento das
capacidades nacionais.
74. A organização de parcerias regionais ou de parcerias entre países com
intercâmbio de dados e a informação e resultados de programas-piloto em
educação especial entre países e regiões. O colecionamento de indicadores de
progresso que sejam comparáveis a respeito de educação inclusiva e de emprego
deveria se tornar parte de um banco mundial de dados sobre educação. Pontos de
enfoque podem ser estabelecidos em centros sub-regionais para que se facilite o
intercâmbio de informações. As estruturas existentes em nível regional e
internacional deveriam ser fortalecidas e suas atividades estendidas a campos tais
como política, programação, treinamento de pessoal e avaliação.
75. Uma missão prioritária das organizações internacionais e facilitação do
informação, pobreza e baixos padrões de saúde. À medida que o prevalecimento
de deficiências em termos do mundo em geral aumenta em número,
particularmente nos países em desenvolvimento, deveria haver uma ação conjunta
internacional em estreita colaboração com esforços nacionais, no sentido de se
prevenir as causas de deficiências através da educação a qual, por, sua vez,
reduziria a incidência e o prevalecimento de deficiências, portanto, reduzindo
ainda mais as demandas sobre os limitados recursos humanos e financeiros de
dados países.
76. Uma alta percentagem de deficiência constitui resultado direto da falta de
variadas fontes. Portanto, torna-se essencial que se garanta coerência e
complementaridade entre organizações do sistema das Nações Unidas e outras
agências que prestam assistência nesta área.
77. Assistências técnica e internacional à educação especial derivam-se de
avançado para administradores e outros especialistas em nível regional e reforçar
a cooperação entre universidades e instituições de treinamento em países
diferentes para a condução de estudos comparativos bem como para a publicação
de referências documentárias e de materiais instrutivos.
78. Cooperação internacional deveria fornecer apoio a seminários de treinamento
associações regionais e internacionais de profissionais envolvidos com o
aperfeiçoamento da educação especial e deveria apoiar a criação e disseminação
de folhetins e publicações, bem como a organização de conferências e encontros
regionais.
79. A Cooperação internacional deveria auxiliar no desenvolvimento de
educação deveriam garantir que necessidades educacionais especiais fossem
incluídas como parte integrante do debate, e não somente como uma questão em
separado. Como modo de exemplo concreto, a questão da educação especial
deveria fazer parte da pauta de conferência ministeriais regionais organizadas pela
UNESCO e por outras agências inter-governamentais.
80. Encontros regionais e internacionais englobando questões relativas à
iniciativas de apoio e desenvolvimento da Educação para Todos deveriam
assegurar que a educação especial seja uma parte integrante de todos os projetos
em desenvolvimento.
81. Cooperação internacional técnica e agências de financiamento envolvidas em
de acessibilidade universal da tecnologia da comunicação subjacente à estrutura
emergente da informação.
82. Coordenação internacional deveria existir no sentido de apoiar especificações
na sessão Plenária da Conferência de 10 de junho de 1994. Ela tem o objetivo de
guiar os Estados Membros e organizações governamentais e não-governamentais
na implementação da Declaração de Salamanca sobre Princípios , Política e
Prática em Educação Especial.
Procedimentos-Padrões das Nações Unidas para a Equalização de Oportunidades
para Pessoas Portadoras de Deficiências, A/RES/48/96, Resolução das Nações
Unidas adotada em Assembléia Geral.
83. Esta Estrutura de Ação foi aprovada por aclamação após discussão e emenda